É o pigarro, o escarro. Está-se puro novamente, e então mais um beijo. É podre o cheiro vindo da janela, mas estreite nossa cama. Com o "adeus" tão em voga, sorrio com sua entrada na sala, tão bem vinda - prometa mais uma noite, e que não seja a última até desistirmos.
Escolho assistir à cidade de um cinza fosco. Dá-me o contraste para o colorido de meu quarto. Cansamos e fazemos cansar, as olheiras estão da profundidade de minha vontade. Ainda não daqui me jogarei, mesmo que, ao fazê-lo, desse às calçadas as cores de que precisam. Não. O incolor é impenetrável de tal forma que mais proveitoso é o egoísmo de manter minha resistência particular entre quatro paredes.
E que haja música. E pernas, quatro ou mais. E cores, uma profusão delas. Nunca repetidos, os movimentos; olhos gritando sentir, bocas que calam a si próprias. Pudor somente de não ser feliz. E, em cada centímetro do corpo que descubro e deixo ser descoberto, a certeza de nada a não ser o prazer de não fazer parte do mundo a se corroer do lado de fora.
Sunday, March 11, 2007
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
1 comment:
aaaaaaaaaah bom.
Post a Comment