É pesado, e histérico como copos contra paredes. Não para quem vê, mas para quem sente. E sente-se tanto. Está no sorriso que esitou em desenhar-se, no consentimento que veio atrasado. Sempre mudo, arranhando a garganta, na esperança da vinda do momento em que poderá se fazer mostrar. Reside em você, e está subindo pelas paredes.
De qualquer forma, os sorrisos virão. A cabeça concordará com tudo e todos, e a reação será a melhor possível. Será um quadro de cores suaves, nada a se notar além da suavidade do semblante. O conteúdo fervendo, e a garrafa tão fria. Tantas garrafas. Nada se percebe à distância de um toque.
Mas as rachaduras vêm, sim.
Ninguém pode saber. Você espera que ninguém note. A primeira gota vem. Pouco se percebe. Ajoelha-se e pede que ninguém, ninguém, ninguém veja o que há dentro, tão somente dentro. Somente para descobrir estar vazio.
Alívio.
Vazio, sim, e feliz assim.
Sunday, August 06, 2006
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4 comments:
esse teu texto dá medo. a mim pelo menos deu medo. @@
mas ainda assim, eu gosto de textos non-sense/estou-sob-efeito-de-drogas-e-não-quero-que-voces-entendam-mesmo-não;.
amo tanto :*
obs.: eu tenho medo de tudo o que eu não entendo.
você é um gênio.
sempre achei.
acabei de descobrir que sou eu a admiradora secreta. sim, sou estúpida, gôdo. esqueci de botar o nome no cmt passado.
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